segunda-feira, 21 de maio de 2012

O CAUSO DA CAUDA DO JACARÉ

O CASO DA CAUDA DO JACARÉ
              Meu amigo Francisco curioso como é, um dia me perguntou se eu entendia de jacaré.  Esclareci que não sei pescar, não sei caçar, conheço tal bicho dos livros desde o pré... Não satisfeito o meu amigo Chico queria saber se nos livros tinha a resposta da sua dúvida sobre o jacaré...
               Acendeu-me a curiosidade e compartilhei com  ele a vontade de saber sobre o tal réptil, perguntei-lhe:
               _O que quer afinal saber do bichano jacaré? Chico que era pescador e caçador dos brabos respondeu-me:
               _ O que me intriga é o balanço da cauda do jacaré...
              Sem saber a devida resposta ainda consultei os livros de biologia e entendi mais um pouquinho, mas nada que esclareça sobre o balanço da cauda do jacaré. Recorri perguntando ao biólogo e ele respondeu
        _ O jacaré é um réptil com balanço caudal com movimento ondulatório,  carnívoro, ovíparo,..., blá, blá, blá.
                      Insatisfeito busquei nos livros de física  e nada entendi. Sem perder a fé, fui o professor de física, perguntei:
              _ Porque balança a cauda  o bichano jacaré ?
             E este respondeu-me:
              _ A cauda é um prolongamento da espinha dorsal, possui uma trajetória semi-circular  sobre o próprio eixo, sofrendo os efeitos gravitacionais até atingir um processo de aceleração quase centrípeta, cujo o graus xis mais a velocidade da medida do raio vezes PI elevado ao quadrado, ache um vértice tal, blá, blá, blá... Poderão ser a causa deste movimento, sujeito a algumas contestações científicas... Deu vertigem fiquei tonto, sem resposta e insatisfeito.
            Fui ao pantanal consultar um amigo meu, sujeito simples, de poucas letras que atendia pelo nome  Zé buscapé. Contei-lhe a história da minha dúvida, falei da resposta do biólogo, do físico e todos os livros que li, e perguntei:
            _ Zé porque balança a cauda do jacaré? 
            Primeiro ele coçou a cabeça, fez um cigarro de palha, cuspiu no chão o fumo mascado e depois sorriu gostosamente e disse que tinha a tal resposta... Aflito perguntei-lhe novamente o porquê do balanço da cauda do jacaré. Na sua sabedoria natural e autêntica ele disparou
           _ o jacaré balança a cauda por ser mais forte que ela...
Atônito e insatisfeito com a resposta  indaguei-lhe novamente  e ele me respondeu:
 _ O bichano é mais pesado que a cauda, por isso que ela  não balança o jacaré, serve para ajudar no andar, nadar e bater em quem perguntar. E que a natureza era tão sábia que decretou que a cauda não podia fazer o tal balanço, mas não se importou se o jacaré poderia fazer o mesmo com a cauda. E depois disto a natureza se ocupou de outra tarefa diferente desta que é balanço da cauda do jacaré...





OBSERVAÇÕES: O texto surgiu de uma conversa informal na sala dos professores na escola, onde meu colega Francisco me propôs o desafio de escrever sobre o tal balanço da cauda do jacaré. No dia seguinte levei um poema, mas depois de compartilhar com outros colegas, e muito mexer no texto depois  de seis anos aqui está a versão atual. Agradeço aos colegas e amigo  Marcos Roberto ilustração do texto.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

MULHER DE PORTUGUÊS






MULHER DE PORTUGUÊS!
depois de uma análise simpática:
Percebe-se que você é uma
mulher de muitos
predicados e
adjetivos.
Haverá concordancia?
verbal,
nem  nominal...
mas sujeito a uma paixão superlativa,
participo, partindo
do abstrato ao concreto
em uma substância de
uma conjunção...
carnal ou não
aguço vossa imaginação...