O TRÍPLICE EU

O TRÍPLICE EU

                              Adailton Bastos

Entre divergências  e convergências,

haverá consenso?

Pergunta difícil...

Seu tríplice eu embaraçam

nas bifurcações cotidianas,

entres as orquídeas  e as leis

ainda encontra espaço para a poesia...

Você é uma metamorfose ambulante

parafraseando Raul...

Não vi sua infância

mas acredito que foi como a sua

juventude, trabalho e poesia...

As palavras estão fugidias e

não sei expressar o todo

de minha admiração,

então não há consenso...

mas viva a discordância

que você que é:

homem,

poeta,

pai,

filho,

marido,

demasiadamente humano? não, e sobre humano...

Parece que atingiu um

estado de ataraxia...

Homenagem ao meu irmão que fez essa foto, em cima dela veio muitas reflexões, mas infelizmente o papel não foi suficiente para externar as inquietações do irmão, filósofo, amigo e admirador...

LABIRINTO

LABIRINTO

Adailton Bastos

“sem perguntas

não há respostas...”*

Perguntas certas

respostas erradas,

ou

Perguntas erradas

respostas certas...

ou

Perguntas certas

respostas certas...

Entre perguntas e

respostas,

existe um vácuo

intencionalmente

que resulta na

dúvida.

Como não vivemos

sem perguntas  e muito

menos sem respostas...

Surge o dilema que as

perguntas resultam em

respostas que levam a

outras  perguntas,

perguntas, perguntas e

mais perguntas...

Cansei!

Quer perguntar alguma coisa? (viu que já fiz uma outra pergunta...)

imagem retirada do google

* frase de autor desconhecido. 

Dom Caixote do século XXI

DOM CAIXOTE SECULO XXI

Adailton Bastos

Nos imaginamos imortais,
nos enganamos o tempo todo
negando a morte...
E os motivos para viver uma
vida plena e feliz!
Deixar para amanhã é
um risco iminente de
não viver algo que pode
ser bom, hoje, apenas hoje...
"viver com medo é viver pela

metade"*

Viver não é sair como um Dom Quixote
contemporâneo e amalucado,
afinal os moinhos de ventos de
hoje são invisíveis e ainda
derrubam...
E machucam muito!

Obs: imagem extraída do Google, e o termo caixote... bom tirem suas conclusões.

* frase extraída de um filme que não me recordo o nome agora.

DIA DOS PROFESSORES

DIA DOS PROFESSORES

Por Adailton Cerb

Neste dia não quero tapinhas nas costas,

Não quero apenas um prato de feijão... 

Quero a queda do ministro da educação (sem noção).

Quero regalias que não tenho,

mas antes de ter tais regalias

quero que elas sejam iguais a dos 

políticos e do judiciário.

Poderia gastar laudas e mais laudas

sobre as coisas ainda mais importante!

É NOTÓRIO SABER que professor não tem 

o valor reconhecido apenas devido, 

somos culpados por fracassos dos que não

querem o sucesso, 

Quero que o nosso NOTÓRIO SABER seja

ouvido lá no fundão, e que parem com essa 

falacia que temos ser artistas, porque isso

nós já somos pois vivemos num país

onde todo mundo acha que entende de 

educação mas nunca pisou no chão da sala de aula

por longo trinta, quarenta, cinquenta anos (regalias que temos)...

não falarei dos problemas, pois eu sei, você sabe,

eles sabem, nós sabemos, ... todos sabem!

Xi! bateu o sinal tenho que terminar

somos robotizados, engessados por burrocratas 

e ainda somos hipnotizados por um 

sinal sonoro.

COMPILAÇÕES PARMÊNICAS

COMPILAÇÕES PARMÊNICAS

Adailton Bastos

em busca do ser

vasculhar entre

o obvio e o ilusório.

Não podemos ser

iguais e diferentes

 do que somos.

Percebo uma névoa no futuro,

como posso saber o que vier a ser?

Se nada é igual a nada não pode

ser nada além do que é nada,

surgindo e sugerindo se nada viesse a ser

seria criação de si mesmo?

Então ser ou não ser não é questão?

no divã pré socrático não há duvidas certas,

nem certezas duvidosas.

Nesse labirinto de si mesmo

o ser é imutável...

NÃO CONSEGUI ESCREVER A POESIA

NÃO CONSEGUI ESCREVER A POESIA

                             Adailton Bastos

madrugada,

papéis embolados no chão,

o sono me abandonou e ainda

não consegui

desenhar palavras bonitas!

Pensar? olhar? observar...

olhos,

flores,

perfumes...

Nada me fez brotar

a magia poética ...

abstraí-me em meus

pensamentos

cavoucando nos  porões

do infinito...

só bateu a saudade,

saudades,

da vida simplesmente...

enquanto existir saudade

haverá  amor...

se houver amor,

há esperança!

encontrarei a  

poesia...

O GRITO

Hoje o grito calado
foi sufocado pela
força do leviatã...
resta-nos a melancolia 
de atirar-nos contra os moinhos 
de ventos como 
Dom Quixote e cair...
e levantar de novo!