quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

BEIJO ALADO

BEIJO ALADO
Adailton Bastos
Beijar todos os dias
E talvez o dia todo,
Sabendo que
nem os beijos são iguais,
nem os mesmos sabores,  
beijar como se fosse a
primeira vez,
e ter a saudade da ultima vez...
então deve-se beijar mais e mais...
não é beijar todo mundo,
mas alguém que faça girar seu mundo...
beijar dá asas ao amor!
Crie asas e salte pois
o amor é saltar
com a certeza
de que voará...

beije e voe!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

EVA - RADIO TAXI



Eva
Rádio Taxi
Meu amor,
Olha só hoje o sol não apareceu
É o fim da aventura humana na Terra
Meu planeta adeus, Fugiremos nós dois na arca de Noé
Olha meu amor,
O final da odisséia terrestre
Sou Adão e você será!...
Minha pequena Eva (Eva!)
O nosso amor na última astronave (Eva!)
Além do infinito eu vou voar
Sozinho com você...
E voando bem alto(Eva!)
Me abraça pelo espaço de um instante(Eva!)
Me envolve com teu corpo
E me dá, a força pra viver...
Pelo espaço de um instante
Afinal não há nada mais
Que o céu azul pra gente voar
Sobre o Rio, Beirute
Ou Madagascar...
Toda a terra reduzida
A nada, a nada mais
Minha vida é um flash(Flash!)
De controles
Botões anti-atômicos
Olha bem meu amor
É o fim da odisséia terrestre
Sou Adão e você será...
Minha pequena Eva
(Eva!)
O nosso amor
Na última astronave
(Eva!)
Além do infinito eu vou voar
Sozinho com você...
E voando bem alto
(Eva!)
Me abraça pelo espaço
De um instante
(Eva!)
Me envolve com teu corpo
E me dá a força prá viver...
Minha pequena Eva
(Eva!)
O nosso amor
Na última astronave
(Eva!)
Além do infinito eu vou voar
Sozinho com você...
Composição: Giancarlo Bigazzi / Umberto Tozzi Versão: M. Ficoreli ·
Se gostou da letra poderá ouvir a música no link abaixo


sábado, 18 de janeiro de 2014

O TEMPO

O TEMPO
                             Alberto Santin

Não te preocupes com o tempo.
O tempo corre e não tem como,
o tempo não tem sono,
o tempo não tem dono,
mas da vida é apenas um mordomo
alterando o sabor do vinho.







Tempo é um poema do livro de Alberto Santin
: LIÇA, publicado em 2007.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

ENTRE PEDRAS E PEDRADAS



ENTRE PEDRAS E PEDRADAS...
Adailton Bastos

No meio dos caminhos
há pedras que:
adornam,
tropeçam,
atiradas e
retiradas...
pedras mudas que falam
com os amantes e os poetas...
pedras para tropeçarmos,
sentarmos ou adornar...
pedras que voam e
que  marcam,
pedras de  guerra e paz...
Grandes, pequenas ou
gigantes conforme a natureza...
rolam as pedras e até
“tiram leite de pedras”...
Homens de pedras:
_Com quatro pedras na mão
se perde a razão...
_Não transforme  pequenas pedras
em grandes obstáculos...



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

VERBO SER


VERBO SER
Carlos Drummond de Andrade
Que vai ser quando crescer? 
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer?

 Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R. 
Que vou ser quando crescer? 
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo. 
Sem ser Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade é uma das minhas leituras prediletas, achei este poema na web e reproduzi, por ser significativo para mim e uma forma deste humilde blog seja uma estante virtual deste e de outros grandes poetas.
                      Adailton Bastos  

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A INSUSTENTÁVEL IMUNDÍCIE DO SER

A INSUSTENTÁVEL IMUNDÍCIE DO SER
Adailton Bastos
Enquanto
O luxo produzir lixo...
Arvores derrubadas e
rios poluídos,
Vender, vender e vender...
Comprar, comprar e comprar...
Não importa o lixo
não o vemos e
nem o cheiramos!
Importa o luxo nosso
de cada dia que
nos adoece e escraviza...
O luxo de hoje é o lixo de amanhã...
Nesta roda viva louca, insustentável e infeliz
no amanhã o nosso lixo será luxo...
será que chegaremos até amanhã?
e nisto não há poesia!

sábado, 4 de janeiro de 2014

O PALCO

O PALCO
Adailton Bastos

Abrem-se as cortinas...
o palco está vazio,
luzes apagadas...
a platéia muda
e ansiosa...
um corpo se desloca
na escuridão do palco
e se dirige ao centro,
acendem-se os refletores,
a platéia contempla
a atriz...
que impressiona pelo
silêncio,
longos sessentas segundos...
ela passeia pelo palco
e a luz dos olhos e
dos refletores a acompanham
toca uma música e ela
começa a bailar
pelo palco,
a luzes, os olhos, os corpos
acompanham,
nem uma palavra...
a platéia em êxtase
pelo silêncio e pelos
movimentos,
a triz se dirige ao centro,
desaba ao chão...
cresce a expectativa???
Ela se levanta lentamente
ao tom de uma música,
de pé você diz coisas
bonitas, feias, poemas,
palavrões , coisas que
eles querem ouvir,
e que não querem,
e que nunca ouviram,
o teu monólogo mexe
com o monólogo da platéia
fecha-se as cortinas
aplausos e fim de espetáculo...
retira a maquiagem no camarim,
vai dormir tarde,
levanta cedo,
engole o café da manhã (se possível)
dá aulas com sorriso nos lábios e com sono,
vai para faculdade...
a tarde vai dar aulas em uma escola pública
da periferia
olhando os dois espetáculos,

aplausos! 
Te aplaudo de pé...


Gostaria de homenagear a minha amiga, professora e atriz  Alessandra Brito