quinta-feira, 31 de outubro de 2013

QUER SER FELIZ? PERGUNTE-ME COMO


QUER SER FELIZ? PERGUNTE-ME COMO
Marcos Roberto dos Santos
            Você quer ser feliz? Claro que sim! Todos  nós queremos. A felicidade é uma palavrinha que interessa a todos; não é mesmo? A resposta é tão óbvia, que a pergunta quase não merece ser feita. Tudo bem, se neste ponto, estamos plenamente de acordo, resta responder: Como posso ser feliz? Ou mais precisamente ainda; o que devo fazer para ser feliz? Talvez você não saiba, mas conheço alguém que sabe. Seu nome é Epicuro.
           A filosofia de Epicuro  passou a ser conhecida como medicina da alma, quando em seu calmo e sereno jardim nos arredores de Atenas, distante do ruído da cidade e do alarido da política, Epicuro passou acolher a todos que se encontravam em dificuldades, sem distinção: Mulheres, escravos e carecidos em geral. Onde curavam seus corpos com os medicamentos mais apropriados e suas almas, com a força do exemplo.
          Acredito que você já esteja impaciente e se perguntando: ”beleza! Mas onde estão as dicas para a felicidade?” Tudo bem aqui está: O prazer. Isso mesmo! “O prazer  é o princípio e o fim de uma vida feliz.” Se o bem é por definição o que buscamos, e o mal que evitamos, cabe nos dizer que o prazer é o próprio bem, e a dor é o próprio mal. Epicuro  escreve na receita para felicidade: Busque o prazer! Tantos os animais como as crianças buscam o prazer e rejeita a dor, de modo natural e sem o uso da razão, ou seja, sem recorrerem  a nenhuma aprendizagem. Simples assim? É só isso? Buscar o prazer? Faço isso desde criancinha e não sou feliz, você pode objetar. Sim isso pode ser verdade. Contudo o prazer que Epicuro propõe, não é um prazer qualquer!  Não é por exemplo, um prazer obtido nas drogas, ilusões  ou diversões.  O prazer  que Epicuro recomenda  é o prazer real. Puxa vida parece que temos um novo problema: como diferenciar o prazer verdadeiro do falso? Calma! Para resolver essa  questão Epicuro nos deixou de  herança o cálculo do prazer.
            O calculo  do prazer  consiste na idéia de Epicuro  de que é possível maximizar o bem-estar  da vida  por meio do cauteloso cálculo matemático das possíveis conseqüências  decorrente de cada prazer. Isto é, ele sustenta que   os prazeres precisam ser bem aproveitados e analisados de forma qualitativa e não quantitativa, ou seja , a solução mais sábia está em submeter a busca do prazer ai juízo da razão.                                                                    
                 Portanto a filosofia  é o único meio de meio de  atingir a felicidade. “não é possível ser feliz sem ser sábio”. Sendo  assim é muito importante fazer a distinção de prazer efêmero, instável e insuficiente, “os prazeres do movimento” dos prazeres puros e perfeitos, que são chamados por Epicuro de “prazeres de repouso” que são a ausência de sofrimento para o corpo e calma para a alma. Sendo assim, o prazer real é o que os gregos chamavam de ataraxia, isto é, a ausência de perturbações e a tranqüilidade da alma, ideal que o sábio atinge graças ao conhecimento, que o livra de desejos ilimitados, gerados por suas falsas opiniões. Com base nesta perspectiva, podemos afirmar que  a filosofia de Epicuro está distante do elitismo de Platão e finalismo de Aristóteles, e que sua filosofia é simples, evidente e pronta para o consumo imediato. Em outras palavras, ser feliz para Epicuro é caminhar através da avenida de prazer, que não pode ser de forma alguma , um prazer meramente sensual, mas sim o prazer encontrado pelo processo de moderação, leitura, introspecção e reflexão. Para terminar, temos as palavras do próprio Epicuro:”A filosofia é uma atividade que, por discursos e raciocínios, nos proporciona uma vida feliz”.



( Marcos Roberto dos Santos é graduado em filosofia  pela universidade federal de Goiás 
 e professor de filosofia da rede estadual de ensino)
Este artigo foi escrito para o jornal AGORA  da PUC-GO

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

EXÍLIO DA TERRA DO NUNCA!


















EXÍLIO DATERRA DO NUNCA?
Adailton Bastos
Não voei mais,
o capitão está sem o gancho
não ouço sininho...
As flechas desapareceram,
os índios sumiram,
e o cavalo de pau fugiu
e a cavalaria não apareceu...
As bolinhas de gude
e as figurinhas foram
para o fundo do baú...
A bola de “cobertão”
esvaziou, o campinho
de futebol o progresso
fez um prédio em cima dele...
Já não brinco de carrinho
de rolimã, pião e finca...
Cresci, me tornei um homem
 e deixei as coisas
de menino...
O tempo me
exilou da terra

do nunca...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ESSE GORDO SOU EU... ( paródia)

























ESSE GORDO SOU EU (PARÓDIA)
Adailton Bastos
O cara que pensa em comida toda hora
Que conta os segundos se o lanche demora
Que está o tempo todo com fome
Porque não sabe ficar sem comer

E no meio da noite assalta a geladeira
Pra fazer um lanchinho que acalma
Esse  gordo sou eu...

O cara que você pega pelo prato
Esbarra em tudo que interrompa seus passos
Esta sempre ao lado da mesa de sobremesas
Um herói desesperado por comida

Por você encaro o perigo da balança
Seu imenso amigo
Esse gordo sou eu...

O cara que ama você do seu jeito
Que divide com você o brigadeiro...
Que leva você a churrascaria,
Sorveteria com alegria!

Que acorda de manhã com uma fome infeliz
Num sorriso que diz
Esse café da manhã todo pra mim?
Esse gordo sou eu
Esse gordo sou eu

Eu sou o gordo certo pra você
Que te faz feliz com um chocolate que adora
Que enxuga o seu prato enquanto você chora
Esse gordo sou eu
Esse gordo sou eu