QUER SER FELIZ? PERGUNTE-ME
COMO
Marcos Roberto dos Santos
Você quer ser feliz? Claro que sim!
Todos nós queremos. A felicidade é uma
palavrinha que interessa a todos; não é mesmo? A resposta é tão óbvia, que a
pergunta quase não merece ser feita. Tudo bem, se neste ponto, estamos
plenamente de acordo, resta responder: Como posso ser feliz? Ou mais
precisamente ainda; o que devo fazer para ser feliz? Talvez você não saiba, mas
conheço alguém que sabe. Seu nome é Epicuro.
A filosofia de Epicuro passou a ser conhecida como medicina da alma,
quando em seu calmo e sereno jardim nos arredores de Atenas, distante do ruído
da cidade e do alarido da política, Epicuro passou acolher a todos que se encontravam
em dificuldades, sem distinção: Mulheres, escravos e carecidos em geral. Onde
curavam seus corpos com os medicamentos mais apropriados e suas almas, com a
força do exemplo.
Acredito que você já esteja
impaciente e se perguntando: ”beleza! Mas onde estão as dicas para a felicidade?”
Tudo bem aqui está: O prazer. Isso mesmo! “O prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz.” Se o
bem é por definição o que buscamos, e o mal que evitamos, cabe nos dizer que o
prazer é o próprio bem, e a dor é o próprio mal. Epicuro escreve na receita para felicidade: Busque o
prazer! Tantos os animais como as crianças buscam o prazer e rejeita a dor, de
modo natural e sem o uso da razão, ou seja, sem recorrerem a nenhuma aprendizagem. Simples assim? É só
isso? Buscar o prazer? Faço isso desde criancinha e não sou feliz, você pode
objetar. Sim isso pode ser verdade. Contudo o prazer que Epicuro propõe, não é
um prazer qualquer! Não é por exemplo,
um prazer obtido nas drogas, ilusões ou
diversões. O prazer que Epicuro recomenda é o prazer real. Puxa vida parece que temos
um novo problema: como diferenciar o prazer verdadeiro do falso? Calma! Para
resolver essa questão Epicuro nos deixou
de herança o cálculo do prazer.
O calculo do prazer
consiste na idéia de Epicuro de
que é possível maximizar o bem-estar da
vida por meio do cauteloso cálculo
matemático das possíveis conseqüências
decorrente de cada prazer. Isto é, ele sustenta que os prazeres precisam ser bem aproveitados e
analisados de forma qualitativa e não quantitativa, ou seja , a solução mais
sábia está em submeter a busca do prazer ai juízo da razão.
Portanto a filosofia é o único meio de meio de atingir a felicidade. “não é possível ser feliz sem ser sábio”. Sendo assim é muito importante fazer a distinção de prazer efêmero, instável e insuficiente, “os prazeres do movimento” dos prazeres puros e perfeitos, que são chamados por Epicuro de “prazeres de repouso” que são a ausência de sofrimento para o corpo e calma para a alma. Sendo assim, o prazer real é o que os gregos chamavam de ataraxia, isto é, a ausência de perturbações e a tranqüilidade da alma, ideal que o sábio atinge graças ao conhecimento, que o livra de desejos ilimitados, gerados por suas falsas opiniões. Com base nesta perspectiva, podemos afirmar que a filosofia de Epicuro está distante do elitismo de Platão e finalismo de Aristóteles, e que sua filosofia é simples, evidente e pronta para o consumo imediato. Em outras palavras, ser feliz para Epicuro é caminhar através da avenida de prazer, que não pode ser de forma alguma , um prazer meramente sensual, mas sim o prazer encontrado pelo processo de moderação, leitura, introspecção e reflexão. Para terminar, temos as palavras do próprio Epicuro:”A filosofia é uma atividade que, por discursos e raciocínios, nos proporciona uma vida feliz”.
Portanto a filosofia é o único meio de meio de atingir a felicidade. “não é possível ser feliz sem ser sábio”. Sendo assim é muito importante fazer a distinção de prazer efêmero, instável e insuficiente, “os prazeres do movimento” dos prazeres puros e perfeitos, que são chamados por Epicuro de “prazeres de repouso” que são a ausência de sofrimento para o corpo e calma para a alma. Sendo assim, o prazer real é o que os gregos chamavam de ataraxia, isto é, a ausência de perturbações e a tranqüilidade da alma, ideal que o sábio atinge graças ao conhecimento, que o livra de desejos ilimitados, gerados por suas falsas opiniões. Com base nesta perspectiva, podemos afirmar que a filosofia de Epicuro está distante do elitismo de Platão e finalismo de Aristóteles, e que sua filosofia é simples, evidente e pronta para o consumo imediato. Em outras palavras, ser feliz para Epicuro é caminhar através da avenida de prazer, que não pode ser de forma alguma , um prazer meramente sensual, mas sim o prazer encontrado pelo processo de moderação, leitura, introspecção e reflexão. Para terminar, temos as palavras do próprio Epicuro:”A filosofia é uma atividade que, por discursos e raciocínios, nos proporciona uma vida feliz”.
( Marcos Roberto dos Santos é graduado em filosofia pela universidade federal de Goiás
e professor de filosofia da rede estadual de ensino)
Este artigo foi escrito para o jornal AGORA da PUC-GO