quarta-feira, 17 de outubro de 2012

UTOPIA PROFESSOR?


 AO MESTRE COM CARINHO II ( 2ª parte - antagonismo ou utopia?)
                                                       Profº Adailton Bastos
As crianças felizes
brincam no recreio,
toca o sinal e imediatamente
elas voltam para a sala
ansiosas para aprender,
sem atropelos, não reclama
das tarefas, não apontam
lápis fora da lixeira, não
pregam chicletes embaixo
das carteiras, não rodam
o livro no dedo, o mestre
explica e ele levanta a mão
pede licença para fazer uma
intervenção para certificar se
realmente aprendeu,
o professor vai para casa
de carro com o tanque cheio
e o bolso também,
mas sua maior alegria é que
ninguém faltou a aula e hoje e
todos aprenderam tanto que não
vai nem ser preciso aplicar a prova
para ter a certeza de que seu trabalho
de um período que vale por três,
e que superou a expectativa,
talvez ambas as histórias sejam
parcialmente utópica,
mas a grande verdade  que
todos eles precisam de carinho
não utópico mas real e verdadeiro...


Caros colegas e leitores, coloquei nas duas ultimas postagens as fotos dos filmes: Ao mestre com carinho e sociedade do poetas mortos, filmes que inspiram e demonstram o cerne do amor pelo trabalho do professor. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

AO MESTRE COM CARINHO (To sir with love)



AO MESTRE COM CARINHO  I
                                  Prof° Adailton Bastos
Os ossos do ofício,
que deixa em ossos
ao que resistem ao ofício
aos que não resistem
engordam, deprê,
alergia a giz  em
em vez de alegria nem que
seja por um triz...,
educar e caducar,
ensinar ou tentar,
ganhar ou perder,
sem ter pra onde
correr, já não se
ganha maçã, flores,
apenas nas pernas
varizes e dores,
se é em três períodos
pode ser até odores,
ao mestre com carinho
afinal ele morreu e
ficou bonzinho...


CENA DO FILME :

Cena do filme "Ao mestre com carinho", de 1966, em que alunos fazem uma homenagem ao professor Mark Thackeray (Sidney Poitier) cantando "To sir with love"

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

FILOSOFIA NA SALA DE AULA

 Mestre da filosofia contemporânea

FILOSOFIA NA SALA DE AULA

Por: Sara Guedes de Carvalho Rocha – 2A   
          As aulas de filosofia são as minhas favoritas. Não apenas por se tratar de uma aula leve, agradável, aberta a diálogos e opiniões, mas também porque a filosofia não dita verdades. Ela é o estímulo para que procuremos a verdade. Vivemos em um sistema que nos influencia a ser apenas mais um entre bilhões. Todos os dias recebemos milhares de informações, e esse sistema espera que sejamos capazes  de absorvê-las, ele dita moda, comportamento e ideologias. Isso  resulta em uma multidão de pessoas solitárias, individuais, exacerbadamente competitivos, consumistas, à procura de  destaque, status e prestigio, esquecendo-se das questões de caráter filosófico: quem somos? O que estamos fazendo aqui? Somos realmente livres? Deus existe? O que é ética e moral?
           A filosofia nos impulsiona a questionar valores estabelecidos, nos levando a criar novos conceitos, estimula a reflexão, nos garante o olhar crítico sobre as relações humanas. Iria até mais longe, dizendo que ela é capaz de desvendar o verdadeiro significado da existência.
           Já ouvi colegas: “eu não gosto de filosofia porque ela questiona coisas que não devem ser questionadas, ela leva as pessoas a desacreditarem nas suas verdades, e mais que isso incentiva o ateísmo”. Bom, esse é o ponto de vista de algumas pessoas, que devo respeitar,  por mais absurdo que seja. Em minha opinião, algumas pessoas pensam dessa maneira por causa do seu comodismo. Para elas, é muito mais fácil apegar-se ao conceito já imposto pelo pelos outros. Têm medo de pensar, de questionar se aquilo que se acreditam está de acordo com seus princípios, e mais ainda, se os outros vão aprovar suas idéias. O que realmente acontece é que  a verdade incômoda. Quando um indivíduo ousa questionar o sistema, ele é rápidamente contido. Esse sistema não quer pessoas esclarecidas, prontas para apontar o que está errado e buscar justiça. Ele quer um um exército  de fantoches que possa controlar de forma a atender seus interesses. Por isso ele busca uma forma de colar os que possam trazer a verdade a tona, como o famoso caso de Sócrates, condenado a cicuta por “corromper os jovens”.
            O sistema e a sociedade só serão capazes de evoluir a partir do momento que a humanidade começa a indagar o que é a verdade? O que é justiça e moral? Procura reafirmar os valores até então invertidos, rejeitar as mentiras que nos são  impostas e aprender a respeitar a si mesma e aos demais seres vivos, e acredito que a filosofia é capaz de nos estimular a dar o primeiro passo a caminho dessa evolução


SARA GUEDES  é uma aluna brilhante e talentosa do CERB, é autora deste texto, no qual compartilho, sendo que este foi publicado no jornal AGORA da PUC-Goiás num projeto em que participa o brilhante mestre e filósofo Marcos Roberto, que na sua vanguarda tem sido perseguido por seu talento de expressar as verdades, aqui é resultado do brilhante trabalho que este operário da educação trava no seu labor diário.