terça-feira, 27 de dezembro de 2011

AMAR O MAR


Os meus olhos alcançam
um risco no horizonte...
penso que:
se amar o mar é
tão profundo que no fundo,
afundo nos
segredos teus,
meus braços não te abraçam...
apenas sinto teu perfume,
ouço tuas vozes
golpeadas por ondas
na praia,
 a brisa afaga
meu corpo,
 amar-te embriaga
e me faz
 sentir pequeno,
 deixa-me de
ressaca,
amar-te não há tédio pois:
 poetas versaram sobre ti,
músicos cantaram,
 guerreiros navegaram,
crianças brincaram,
amar é como o mar
não dá pra abraçar,
não dá pra guardar,
somente lembrar e...
afogar!


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

NÃO TENHO MEDO DE PAPAI NOEL...

               Na antevéspera do natal aventurei-me ao shopping, no intuito de levar minha filha e sobrinha para ver o famoso velhinho de barbas brancas e roupas vermelhas. A primeira prova de fogo é estacionar mais proximo da entrada, pois um dia chuvoso nos convidam a uma corrida.
               Adentramos ao shopping, dirigimos-nos diretamente ao caixa eletronico, pois não podíamos ver o papai noel de bolsos vazios. Saque efetuado, estávamos prontos para o esperado encontro. Observamos cada detalhes da  decoração do shopping. Mostrei primeiro a cena do presépio dos três reis Magos, José, Maria e Jesus. Expliquei-lhes a cena, embora a atenção fora ofuscada pela gigantesca arvore natalina e a vontade de ver o "Santa Claus", perdão o papai Noel. Bom ver só não adianta, é preciso registrar...
             Na fila para o tão esperado encontro com o papai Noel, a criança  que estava a frente não entendia o que fazia ali, e chorava copiosamente, os duendes conversavam, faziam caretas, o papai Noel subornava com balas doces. Minha sobrinha, sob a forma de protestos e receosa que seu primeiro encontro fosse por agua abaixo, já adiantava que não tinha medo de papai noel. Mas no fim tudo correu bem e papai noel e seus duendes foram atenciosamente profissionais, paguei em notas agradecidas, peguei o envelope que continha as fotografias.
            Depois fomos para o passeio no trenzinho na terra do papai Noel, o sorriso ora contido agora desabrochava a cada volta. Logo após subimos de escada rolante e fomos fazer aquele lanche, voltamos de elevador panorâmico e ainda caminhamos pelo shopping. 
            Chegou a hora de irmos embora, coloquei o envelope em cima de um balcão enquanto pegava o dinheiro para pagar o estacionamento. Paguei e quando iamos em direção ao carro, minha sobrinha  perguntou:
_ pegou a foto do papai Noel? Respondi mostrando o envelope.
           Chegou em casa minha sobrinha contou para a mãe, a sua alegria do encontro com papai Noel e reafirmou com todas letras mais de uma vez eu não tenho medo de papai Noel.  



         Depois, curiosamente quis eu saber mais sobre o papai Noel. Há curiosidades que  descobri, mas que fica pra um próximo natal.
                                Feliz Natal para todos...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papai_Noel#O_mito_da_Coca-Cola

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

MEU FUTURO É HOJE...

“Autobiografia”  (fragmentos do poema de Cora Coralina)

Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.
(...)
Numa ânsia de vida eu abria
o vôo nas asas impossíveis
do sonho.
(...)
Nenhum primeiro prêmio.
Nenhum segundo lugar.
Nem menção honrosa.
Nenhuma láurea.

Apenas a autenticidade de minha
poesia arrancada aos pedaços
do fundo da minha sensibilidade,
e este anseio:
procuro superar todos os dias
minha própria personalidade
renovada,
despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto.
(...)
Cora Coralina - In Meu livro de cordel. Poemas e crônicas. 1ª. ed. Goiânia (GO): P. D. Araújo – Livraria e Editora Cultura Goiana, 1976, 11-13.
MEU FUTURO É HOJE


É estranho pensar sobre o tempo...               


 e sombrio e tenebroso pensar
 no tempo,  
                Contar os dias,
Olhar no espelho  as marcas

temporais da  ampulheta da vida,
Abstenho-me de aferir

sucessos e fracassos...
O meu  futuro é hoje
E não tenho forças para planos,
Sou velho para muitas coisas
E jovem demais para outras tantas
No intento de parafrasear Cora:
   "Venho do século passado
   e tenho "quase" todas as idades... "
                 apenas desligo a luz...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Rui Barbosa no perfil jovem - making off

O colégio Estadual Rui Barbosa participou do perfil jovem cujo o tema: o uso do fone de ouvido pelos jovens. Relatando os perigos e os cuidados do uso indiscriminado e indevido do fone de ouvido.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

MICHAEL JACKSON



Michael Jackson é
mais que um passo na lua,
            corpo em forma de dança...
movimentos comuns,
              inusitados,
inventados
              e reinventados...
é a dança em forma de corpo,
desafiam a gravidade,
as palavras...
o corpo não existe mais
                      mas e a dança?
                                                          a dança,
                                                                   a dança não haverá
                                                                                      outra igual...

domingo, 11 de dezembro de 2011

A MARCA

A MARCA


Essa marca que me marca,
que marca o teu compasso,
e descompassa o meu passo,
marca que marca por
onde você passa,
você se vai...
mas você fica...
na marca que marca
o meu pensamento
desconexo e confuso,
erro o meu passo
quando você passa,
os outros não têm olhos
para ver, pois o que vejo
não vejo com olhos,
saio do chão, caio no chão,
viajo na imaginação
na marca que meus olhos
acham que viram, pois é
tão linda que parece irreal,
tento ser normal para apalpar
o imaginário, tornar real o irreal,
a tua marca que me marca.
Marca e me faz perder na
Imaginação...
   


 Os anos se passaram, novos sonhos e coisas vividas, enfim novas poesias.. (fragmentos : do meu poema a MARCA de uma data qualquer)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

COMO NASCE UM POETA?

            No ano de 1979, num dia qualquer: na aula de português na sétima serie, a professora ao ler uma redação que eu tinha produzido. Ela setenciou:
           _ Este aqui deveria ser um poeta, pois ele viaja demais, sua redação tem ideias demais e nunca chega ao fim. Não tive coragem de perguntar o porque daquele comentário. Chegando em casa escrevi meus primeiros e forçados versos. Com toda a rima possivel, experimentando os arroubos da adolescencia de amor na sua efervescência. Versos cheio de hormonios e desabrochamento da puberdade. Mostrei ao meu irmão que já era o poeta da familia, não tinha elogio nenhum, criticas e mais criticas.
            Meu olhar desmedido para uma certa menina, linda que nunca consegui balbuciar meia duzias de palavras. Caderno e caneta na mão, desabavam em versos e mais versos declamando todo o amor juvenil. Os versos não duraram muitos pois descobri que a poesia não estava amarrada nas rimas. Desencadei uma criação compulsiva, pois a timidez cerrava meus lábios, mas não os pensamentos, resultado era um avalanche de poemas.
           Quanto mais distante o amor mais poemas de dor. Bom cheguei a estranha façanha de fazer poemas por atacado, uma média de dez por dia, (hoje não faço dez por ano). Cada poema compartilhado, era uma critica, uma após outra, eu me retraia, e compartilhava menos.
            Meu irmão tem sido o mais duro dos criticos, porém foi o melhor deles, pois aprendi tantas coisas e descobri simplesmente a poesia.
            Guardei por anos a fios mais de 200 dos quais pouquissimas pessoas tiveram acessos, até que percebi que eles não tinham valor literário, mas apenas sentimental.
             A fogueira foi o destino e queimei todos, ou melhor quase todos. Deixei apenas um que fiz aos meus dezessete anos, apenas um para lembrar o que escrevi. 
             Não sei se sou poeta, e muitos poderão ter a certeza disto que não o sou. Mas o conceito de poeta é poesia, apenas poesia.  
              Então um dia escrevi  em 1983, hoje infantil mas que um dia não foi:

ESTRELA

Escolhi uma estrela no céu
e nela coloquei o teu nome,
porque o seu olhar e seu coração
brilha como uma estrela
e o meu coração  te aplaude de pé.
Sinto o seu perfume, não o perfume
feito por mãos humanas, mas
um perfume feito de amor... o das flores.
Os teus cabelos me dão loucura,...,
loucura de acariciá-los,
e os teus cintilantes  lábios
que tem a pureza e a doçura do mel,
que me dão desejos quase
incontroláveis...
o teu sorriso é como  o jardim
na p r i m a v e ra
florido..., colorido...,
batizei-te estrela porque o  amor
pra você  é um brilho.
Talvez o que te  falo agora
 até seja uma declaração de amor,
mas  estrela de uma coisa
fique certa... de que eu
 quero brilhar com você
              A todos aqueles que tiveram paciência de ler os bons e os pessimos, fazer poesia é um exercicio de contemplação, devaneio e loucura. Ao poeta maior meu irmão, a quem jamais consegui imitar, não por falta de tentativas, mas porque poesia não se imita, se exala.   

sábado, 3 de dezembro de 2011

GORDO É CULTURA

PARA INÍCIO DE CONVERSA

quero dizer que abro este espaço democrático com o propósito de suscitar discussões, trocar idéias, divulgar trabalhos, socializar opiniões. No presente século, a educação formal e informal não pode andar na contramão das tendencias e as mídias sociais já provaram que podem e devem ser ferramentas importantíssimas no processo educacional. Também quero fazer deste espaço um reduto lúdico, no qual o humor inteligente e respeitoso possa ser compartilhado. Isto posto, tim-tim!
                                                       Adailton Bastos