segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

49 VOLTAS EM TORNO DO SOL



No balanço que faço
Anualmente...
Perco em palavras fugitivas
dos meus pensamentos perdidos!
Buscando algo novo
no meu mundo velho...
Duas frases me chamaram atenção  nestes últimos  dias,
a primeira:” Os 40 é a plenitude da juventude
e infância da velhice...”
Gostei, sorri conferi  diante do espelho
As rugas e a barba branca (esta que nunca consegui cultivar)
que agora fazem companhia para os meus cabelos marcados pelo tempo...
Bom se estou no auge da infância da velhice 
estou quase entrando na adolescência, 
e quanto a plenitude da juventude
não percebi?  Se lá talvez ela já  passou...
A outra frase é: “ser velho  é estar pronto...” 
Pronto? Para viver ou morrer? Não sei...
Olho a chuva pela janela neste dia cinzento e
Não me sinto pronto para  viver tantas coisas,
e morrer?  Nunca se está pronto!
Não me sinto pronto para tantas coisas,
Serei um eterno aprendiz?
Então não sou velho!  
Sorri e pensei, agora é definitivo.
Vejo no fim da próxima volta    
meio século de vida!!!
Mas isto fica para o ano que vem...
Agora é viver e celebrar a vida

preferencialmente com poesia!

domingo, 7 de dezembro de 2014

TAMBORES



TAMBORES
Adailton Bastos
Rufem os tambores ...
os soldados estão de prontidão
é guerra!

Rufem os tambores
a guilhotina está pronta
traga o herói ou o traidor!

Rufem os tambores
comece a dança  e 
que o céu traga a chuva!

Rufem os tambores
o povo está pronto,
que comece a festa!

Rufem os tambores
que trema a terra,
que modifiquem as pessoas,
faça-nos felizes
e que traga amores!!!


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

FÁBULA DA SABEDORIA

                                    


  FÁBULA
                    Autor desconhecido

         Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou, ao longe, um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita.
         Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos.
        Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores – um casal e três filhos – vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então se aproximou do senhor,  aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
_ Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho; como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?
       E o senhor, calmamente, respondeu:
_ Meu amigo, nós temos aqui uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimento. A outra parte nós produzimos queijo, coalhada, etc. para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.
         O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:
_ Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a. jogue-a lá embaixo.
         O jovem arregalou os olhos espantados e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silencio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos. Um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido, voltar aquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los.
        Assim o fez e, quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvore floridas, todo murado, com carro na garagem e alguma criancinhas brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela  humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e, chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático. Perguntou sobre a família que ali morava há uns quatros anos e o caseiro respondeu:
_ Continuam morando aqui.
         Espantado, ele entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (dono da vaquinha):
_ Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida???
        E o senhor entusiasmado, respondeu:
_ Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nós sabíamos que tínhamos. Assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.
                            


PONTO DE REFLEXÃO

Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência com a rotina. Descubra qual é a sua. Aproveite este momento  para empurrar sua “vaquinha”  morro abaixo.              

Caros Amigos leitores: devido as mudanças e imprevistos tenho escrito pouco ou quase nada, enquanto a poesia está adormecida venho brindar aos que acessam meu blog com histórias de outros autores...