domingo, 17 de fevereiro de 2013

ENTRE O TIC E O TAC

Tic-tac, tic-tac
O pêndulo vai e não volta...
“o tempo não para...”
A juventude eterna
é finita e efêmera...
o tempo não passa a toa
apenas voa...
os sabores,
os saberes,
as forças...
Tudo esvai desvairadamente
na ampulheta faminta e feroz.
A velhice chega  primeiro no espelho
furtivamente e sorrateira...
Não sei o que é ser velho,
Esqueci como é ser jovem, e
ser criança são lembranças vagas!
Não é melancolia,
de ser vulnerável ao tempo
e perceber que
a liberdade da vida
está presa no tempo...
e que meu infinito
dura apenas a minha vida...
quero perceber e
sentir a vida,
dia-a-dia,
minuto a minuto
desta eterna finita
comédia humana

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

FLUTUAR


FLUTUAR...
Adailton Bastos
De olhos fechados,
pensamentos ancorados...
Corpo quase inerte
Mas envolto num
longo silêncio.
Dissolvendo-me,
ocultando-me
contracorrentes e
redemoinhos do mundo
fora de mim...
Vou num instante do outro lado lunar
num mergulho no mar...
Sinto o corpo flutuar
como se observasse
eu mesmo...