Tic-tac, tic-tac
O pêndulo vai e não volta...
“o tempo não para...”
A juventude eterna
é finita e efêmera...
o tempo não passa a toa
apenas voa...
os sabores,
os saberes,
as forças...
Tudo esvai desvairadamente
na ampulheta faminta e feroz.
A velhice chega primeiro no espelho
furtivamente e sorrateira...
Não sei o que é ser velho,
Esqueci como é ser jovem, e
ser criança são lembranças vagas!
Não é melancolia,
de ser vulnerável ao tempo
e perceber que
a liberdade da vida
está presa no tempo...
e que meu infinito
dura apenas a minha vida...
quero perceber e
sentir a vida,
dia-a-dia,
minuto a minuto
desta eterna finita
comédia humana