segunda-feira, 28 de abril de 2014

COISAS PARA VOCÊ SEMPRE SE LEMBRAR



COISAS PARA VOCÊ SEMPRE SE LEMBRAR
 Adailton Bastos

Sugue a essência da vida e
elimine o que não é vida,
encare com seriedade tudo que
fizer, aceite as críticas,
faça-as também...
estude para aprender,
brinque com seriedade,
tenha paciência, olhe mais as
pessoas que estão ao seu redor,
escute as pessoas boas, e as chatas também,
pare de fumar e ande de bicicleta,
dance até flutuar e flutue para dançar,
seja amiga, filha, mulher,
seja rebelde por uma boa causa e que
beneficie a todos não somente a você,
não mate aula mesmo quando houver o maior motivo do mundo,
mas lembre-se que o maior motivo da aula
é aprender algo novo, se já sabe ensine para alguém
que não sabe ainda, visite alguém no hospital, no asilo,
veja que o tamanho do seu mundo é proporcional às coisas que
você conhece
EU QUERO SEMPRE TER ALGO NOVO PARA DIZER
PARA VOCÊ...
QUERO ESCUTÁ-LA TAMBÉM
se  eu disse algo que você não precise ouvir
fale para alguém ou mesmo para mim pois tudo que te
falei é por que já ouvi, ou preciso ouvir
novamente para poder enxergar que no mundo existe
pessoas especiais como você ...
seja especial!

Este texto eu escrevi para uma aluna do noturno em 2003, cheia de vida e de rebeldia também, muito talentosa e geniosa, objetiva incentivar a prosseguir nos estudos...
O que aconteceu eu não sei, mas tentei contribuir com algo... será que consegui?

quinta-feira, 24 de abril de 2014

PALAVRAS DE FERNANDO ROBLES adoro cinema...

 RECOMENDO ESTE FILME:

Sinopse e detalhes 


A vida de um professor universitário argentino muda radicalmente depois que ele é obrigado - por decreto - a se aposentar. Ao lado de sua mulher, com quem forma um casal apaixonado e dedicado, viaja para a Espanha. Na volta, procura uma nova ocupação mudando-se para uma fazenda.

PALAVRAS DE FERNANDO ROBLES – personagem do filme: Lugares comuns

ENSINANDO A PENSAR

             “Minha preocupação é que vocês se lembrem que ensinar é mostrar. Mostrar não significa  doutrinar. Significa dar informação, mas também mostrar como compreendê-la e analisá-la. Como raciocinar e questionar esta informação.Não obriguem os alunos a memorizar coisas, não funciona. Eles rejeitam rapidamente e esquecem o que lhes é imposto. Procurem fazê-los pensar, duvidar, se perguntar não os julguem pelas respostas, as respostas não são a verdade, a busca deles pela verdade será sempre relativa. As melhores perguntas são as que as pessoas têm feitos desde o tempo dos filósofos gregos.  Mas agora são clichês, mas ainda são válidas: O quê? Como? Quando? Onde? Porque? Se aceitarmos que a jornada é a meta, a resposta é inválida. Ela descreve a tragédia mas não a explica. Despertar nos seus alunos a dor da lucidez sem limites, sem piedade.

O FUTURO
             O futuro é ilusório, sabia que esta é a armadilha inventada pelo sistema, qualquer sistema, para assustar as pessoas e forçá-las curvar a autoridade, a trabalhar  como escravas por medo do maldito futuro?

O SISTEMA
            Meu objetivo não é mudar o sistema. Perdemos essa guerra há muito tempo atrás. Olham para que nos venceram os donos do mundo. Estão solidamente estabelecidos. Permitem até que a esquerda exista. Porque? Ela não incomoda ninguém, não há mais ameaça da revolução. Ela é um butom, um broche ou uma pichação. É apenas saudade. No máximo é uma atitude moral que jamais ultrapassará  o âmbito da vida privada.

A DOR DA LUCIDEZ

          A lucidez pode jamais despertar, mas se despertar não há como evitá-la. E quando ela chega, fica para sempre. Quando a gente percebe a falta de sentido da vida, nota  que não há objetivos nem progresso. Compreende embora possa querer aceitar, que a vida nasceu com a morte ligada a ela,  que a vida e a morte não são consecutivas, mas simultâneas e  inseparáveis. Se a gente consegue manter a sanidade e cumprir as normas e  rotinas em que não acredita, é porque a lucidez faz a gente ver que a vida é tão banal, que não pode ser vivida como uma tragédia.”      


As palavras acima foram retiradas da legenda do filme tocante  cujo o personagem numa crise provocada pelo sistema e outros efeitos colaterais da vida. 

FICHA TÉCNICA
DURAÇÃO (1h52min
Dirigido por
ComMercedes SampietroFederico LuppiArturo Puig mais
GêneroDrama
NacionalidadeEspanha , Argentina

segunda-feira, 21 de abril de 2014

PAPO FURADO com Luis Fernando Veríssimo



PAPO FURADO
Luis Fernando Veríssimo
_ Iminência
_ Você quer dizer “eminência”
_ O quê?
_ Você disse iminência e o certo  é “eminência”
_ Perdão. Sou um servo, um réptil, um nada. uma sujeira no seu sapato de cetim. Mas sei o que eu digo. E eu quis dizer  “iminência”.
_ Mas está errado! O tratamento correto é “eminência”.
_ Não duvido da sua eminência, monsenhor, mas o senhor também é iminente. Ou uma eminência iminente.
_ Em que sentido?
_ No sentido filosófico.
_ você tem dois minutos para explicar, antes que eu o excomungue.
_ Somos todos iminentes, monsenhor. Vivemos num eterno devir, sempre as vésperas de alguma coisa, nem que  seja só o próximo segundo. Na iminência  do que virá, seja o almoço ou a morte. A beira do nosso futuro como um precipício. A iminência é o nosso estado natural. Pois o que somos nós, todos nós, se não expectativas?
_ Então você se acha igual a mim?
_ Nesse sentido sim, somos coiminentes.
_ Com uma diferença; Estou na iminência de mandar açoitá-lo por insolência, e você está na iminência de apanhar.
_ O senhor tem o direito hierárquico, Faz parte da sua eminência.
_ Admita  que você queria dizer “eminência” e disse “iminência”. E recorreu a filosofia para esconder o erro.
_ Só a iminência do açoite me leva a admitir que errei. Se bem que...
_ Se bem quê?
_ Perdão. Sou um verme, uma meleca, menos que nada. Um cisco no seu santo olho, monsenhor. Mas é tão pequena a diferença em um “e” e um “i” que o protesto de vossa iminência  soa como prepotência. Eminência, iminência, que diferença faz uma letra?
_ Ah, é? Uma letra pode mudar tudo. Um emigrante não é um imigrante.
_ É um imigrante quando sai de um país e um imigrante quando chega em outro, mas é a mesma pessoa.
_ Pois então? Muitas vezes a distancia em um ‘e’ e um ‘i’ pode ser um oceano. E garanto que você terá muitos problemas se não souber diferenciar um ônus de um ânus.
_ Isso são conjunturas.
_ Você quer dizer ‘conjeturas’.
_ Não, conjunturas.
_ Não é ‘conjeturas’  no sentido de especulações, suposições, hipóteses?
_ Nãos ‘Conjunturas’ no sentido de situações, momentos históricos.
_ Você queria dizer ‘conjeturas’  mas se enganou. Admita.
_ Eu disse exatamente o que queria dizer, monsenhor.
_ Você errou.
_ Não errei, iminência.
_ Eminência, eminência.”    

(VERISSIMO, Luis Fernando. O Estado de S. Paulo, 19, julho, 2008. caderno D. p.16)
extraído do livro de filosofia.    

Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre, 26 de setembro de 1936) é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e copy desk de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Érico Verissimo.1



  

quinta-feira, 17 de abril de 2014

JESUS, CAUSA MORTIS


“JESUS, CAUSA MORTIS”
Mara Narciso

            Ver o noticiário na hora das refeições é contrasenso, devido aos engulhos sentidos quando vemos tamanha iniquidade. O ser humano especializou-se em humilhar, torturar, causar a dor a seu semelhante, impingindo-lhe todos os sofrimentos antes do tiro de misericórdia. Quando achamos ter visto todas as modalidades, novas práticas aparecem, especialmente contra crianças e velhos. A norma é, para que apenas roubar se posso estuprar e torturar até a morte?  Por outro lado, há quem diga que nunca foi tão seguro viver quanto agora. A civilização atingiu seu ápice de segurança, pois noutros tempos o barbarismo selvagem era a lei.
            Manoel Hygino dos Santos diz, ao final do seu magnífico livro “Jesus, causa mortis” que nada acrescentou a história. Debruçado sobre documentos, reviveu os últimos momentos de Cristo sobre a Terra. Embora cristã e agnóstica confessa (incoerência?), fiquei apaixonada pelo livro e por Jesus. Os evangelhos sobre Cristo foram escritos, segundo o autor, mais de 50 anos após sua morte, e cada um traz uma versão diferente dos seus momentos finais. Menciona que Ele esteve por seis anos na Índia, fala da sua volta a Israel aos 29 anos quando começou a pregação, e tenta desvendar os motivos de os judeus, sob o domínio dos romanos, terem levado o Messias a julgamento, condenação e morte.
            Em cima de documentação e argumentos críveis, Manoel Hygino disseca a História, buscando não misturar crença e realidade, em busca do homem que mudou o calendário ocidental. São despretensiosas 63 páginas de documentos, boa argumentação e fuga de paixões. A fé do autor raramente é deixada transparecer. Analisa os costumes da época, inclusive a frequência comum do nome Jesus. Procura desvendar os motivos de Ele ter sido levado a julgamento, e faz as citações do lavramento da sentença. Na época, revolucionários e salteadores assassinos eram condenados à morte por crucificação.
            De forma livre e sem ater-me às informações exatas do autor, farei algumas considerações. Evangelhos e documentos apócrifos ou não oficiais e não aceitos pela Igreja são citados, tentando desvendar o emaranhado de porquês. O mais crível é que o motivo da prisão seria a possibilidade de Jesus abalar o governo oficial ao se declarar Rei, embora dissesse que o seu reino não fosse dessa terra. A sua entrada em Jerusalém, montado num jumento sob aplausos, desencadeou o processo de julgamento. Tido como ameaça, foi declarado culpado pela multidão. Pôncio Pilatos lavou as mãos, após tentar trocar Cristo por Barrabás.
            Condenado, Jesus é flagelado com chicotadas nas costas, cujas pontas tinham pedras e ossos. A dor desencadeada leva a perda de fezes e urina. Depois, por se dizer rei, foi-lhe posta uma coroa de espinhos, que Lhe perfuraram a testa e couro cabeludo. Devido à rica vascularização local, além da perfuração de nervos, houve grandes sangramento e dor.
            Diferente do que é representado artisticamente, Cristo não levou a cruz, pois não é possível carregar 90 kg por oito quilômetros, distancia média entre o local do julgamento e o da crucificação, ainda mais ferido. Levou a parte de cima, o patíbulo, que pesa 50 kg. Nessa caminhada caiu e foi ajudado. A parte vertical da cruz já estava no local. O corpo era geralmente amarrado pelos punhos e pés, e deixado lá por dias até o condenado morrer. A posição não permite respirar. No caso, Jesus foi pregado na cruz por cravos que perfuraram seus pulsos, lesando o nervo mediano, o que causa dor lancinante. Os pés foram pregados um sobre o outro, com um cravo mais longo. Não havia suporte sob eles. Não foi pregado pelas palmas, como costuma ser representado, pois o peso do corpo, de cerca de 70 kg, rasgaria as extremidades e Ele cairia.  A nudez total não era aceita, mas suas vestes foram retiradas. Para se certificar da morte, um soldado perfurou o seu tórax da direita para a esquerda, vazando seu coração na altura do átrio direito, de onde saiu água e sangue. Havendo circulação, Cristo ainda estaria vivo. Para abreviar o suplício, as pernas dos condenados eram quebradas a pauladas. Tal não acontedeu aqui.
            Segundo as Sagradas Escrituras, no momento da morte, ocorrida na época da Páscoa, houve terremoto e escuridão. O corpo era abandonado para ser comido por abutres e cães. Amigos de Jesus conseguiram autorização - outro ponto polêmico -, para recolherem o corpo e o levarem a tumba. No terceiro dia, apenas os panos com os quais fora envolto estavam lá.
            A análise do Santo Sudário, linho com o qual o corpo de Jesus teria sido embrulhado após sua morte, ao ser datado pelo carbono 14 mostrou tratar-se de tecido feito em torno de 1300, ou seja, fora da época de Cristo. Ainda assim, a Igreja o considera relíquia, pois traz impresso em seus fios em três dimensões a imagem de um homem que foi crucificado. A ciência ainda não deu sua palavra final, e a busca da face de Cristo e das suas características físicas continua.
            A morte em si pode ter sido por asfixia ou hipovolemia, descartando-se a possibilidade de infarto. “Jesus, causa mortis”, de Manoel Hygino, autor sagaz e criterioso, desperta para o tema. Se não há corpo não há crime. De acordo com a Fé, Cristo subiu aos céus de corpo e alma, deixando o amor como ensinamento. Então, medindo a dor que os torturadores impingiram a Ele, a História está indo ou voltando? A crueldade faz a gente chorar.

9 de fevereiro de 2014

Dra Mara Narciso
Médica, jornalista e escritora.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

NAMORANDO


NAMORANDO...
Adailton Bastos
Estou namorando:
a vida,
mais felicidade...
um celular novo,
ter um corpo menor,
um carro do ano...
uma roupa legal,
a filosofia!!!
Estou amando:
fazer novos amigos,
estar com os velhos amigos...
também os amigos velhos!
Estou namorando
coisas úteis e
fúteis, etecetera e tal...
Percebi que amamos coisas,
namoramos quase tudo
e quase nada...
Entre a essência natural
de namorar,
é incrível que podemos
namorar  até....

GENTE !

sábado, 5 de abril de 2014

NATUREZA MORTA


NATUREZA MORTA (manifesto)
Adailton Bastos
Homem das cavernas
natureza viva...
Homem evoluído é
auto destruição,
morte a natureza para
fazer dinheiro,
natureza morta!
Progresso é um
suicídio  assistido,
natureza a caminho da
morte e de modo
irreversível!


As charges abaixo retratam o que as palavras não alcançam.










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