EXÍLIO DATERRA DO NUNCA?
Adailton
Bastos
Não voei mais,
o capitão está sem o gancho
não ouço sininho...
As flechas desapareceram,
os índios sumiram,
e o cavalo de pau fugiu
e a cavalaria não apareceu...
As bolinhas de gude
e as figurinhas foram
para o fundo do baú...
A bola de “cobertão”
esvaziou, o campinho
de futebol o progresso
fez um prédio em cima dele...
Já não brinco de carrinho
de rolimã, pião e finca...
Cresci, me tornei um homem
e deixei as
coisas
de menino...
O tempo me
exilou da terra
do nunca...
Terra do Nunca, nuca mais?
ResponderExcluirnãooo... é improvável um adulto voltar a terra do nunca com os mesmos olhos e inocência de uma criança... mas, ainda bem que aproveitei muitoo minha época na "terra do nunca" rsss ... boas lembranças...
ResponderExcluirPra frente é que se anda. As fases vão se sucedendo. É natural. A nostalgia da "infância feliz" é recorrente, porém a imagem que temos, caso retornássemos de verdade, se desfaria. O mundo não era tão belo quanto imaginávamos. Mesmo o que os adultos nos deixavam ver. Ainda assim, vejo com bons olhos seu poema.
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