sábado, 4 de agosto de 2012

MIGALHAS

MIGALHAS

As vezes as palavras
Golpeiam a minha mente,
com mentiras santas
e verdades insanas...
Buscando fluir ou  esvair
Sentimentos pelo corpo
ou pelo ar...
As palavras insistem em povoar
a minha cabeça
com firulas de pensamentos
que não tem nexo
no limite da razão
ou da emoção.

Porque insistimos atrelar
os nossos medos envolto
de coragem numa prisão perpétua
do senso comum...
porque não evadir da propriedade
do nosso eu,
que sempre busca estabelecer
algo em algum lugar para amealhar
as migalhas da vida...
O que são estas migalhas?
Talvez são as  próprias vidas
atoladas na mesmice que
é intocável pelo novo!

5 comentários:

  1. Repito o que disse a um amigo: não confunda restos com presentes e nem migalhas com banquetes.
    Não considero mesmice migalhas. A vida já é uma benção. Quanto ao amor, há quem não queira dar nem migalhas.
    Vejo que vive um momento de tortura, e destaco:
    "Porque insistimos atrelar
    os nossos medos envoltos
    de coragem numa prisão perpétua"...
    Reparo: medos envoltos

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  2. Até agora essa é o meu favorito, esse início:
    "As vezes as palavras
    Golpeiam a minha mente,
    com mentiras santas
    e verdades insanas..."

    Ficou poderoso...

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  3. "FANTÁSTICO", sempre volto ao blog para ver esse poema rs
    :D

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