JANELA
Almaquio Bastos Filho
Primeiro passou
o homem sisudo,
com seu bigode emaranhado de cifrões.
Passaram depois
as crianças do orfanato
_ tantas, tantas, tantas,
mal cabia no país.
Passou o bobo
o palhaço
o míope.
Cidadão comum
com titulo de eleitor e tudo.
Por último passou
a esperança.
Poesia publicada no livro
Abissal absurdo-1990
poeta Almaquio Bastos filho
tacertinho e ta lindo ameeeei
ResponderExcluirInteressante e original colocar a esperança para ser a última, porém passando e não morrendo.
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