sábado, 13 de julho de 2013

JANELA














JANELA
Almaquio Bastos Filho
Primeiro passou
o homem sisudo,
com seu bigode emaranhado de cifrões.

Passaram depois
as crianças do orfanato
_ tantas, tantas, tantas,
mal cabia no país.

Passou o bobo
            o palhaço
            o míope.     

Cidadão comum
com titulo de eleitor e tudo.
Por último passou
a esperança. 




Poesia publicada no livro 
Abissal absurdo-1990 
poeta Almaquio Bastos filho

Aparecida de Goiânia, Goiás, Brazil
Escritor, poeta, membro da ACADEMIA APARECIDENSE DE LETRAS e UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES EM GOIÁS.


2 comentários:

  1. Interessante e original colocar a esperança para ser a última, porém passando e não morrendo.

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