sábado, 17 de maio de 2014

O ELEVADOR



O ELEVADOR
                                          Adailton Bastos
Sexta-feira
quase seis horas da tarde,
uma chuva repentina de verão,
abre-se a porta do velho elevador,
destino o décimo quinto andar.
A porta se fecha lenta...mente!
uma mão delicada segura a porta,
uma mulher que carregava a chuva
no seu vestido branco,
totalmente colado ao corpo,
entra no elevador...
escorriam os meus olhos lentamente como
a água da chuva sobre o corpo dela,
que desenhava seu corpo em traços exuberantes.
Acaba a energia o elevador pára no quinto andar,
a escuridão interrompe os olhos mas não os pensamentos,
cheguei perto senti o perfume dos cabelos molhados,
você não recuou,
senti a carne trêmula,
com a respiração ofegante,
minha mão num desejo de tocá-la...
A energia voltou,  recuei da ousadia,
você virou-se e sorriu, 
desci olhos e me vi novamente
perdido num  triângulo
vermelho que enclausurava
a minha mais fértil imaginação...
E antes que  pudesse balbuciar
qualquer palavra...
Sétimo andar me acorda e  a porta se abre,
entra uma velhinha com um cachorro poodle,
você salta no oitavo,
imóvel e silencioso permaneci até o
meu destino.
nunca mais te vi e restou
apenas a lembrança do que 

Um comentário:

  1. Bem quente, embora a chuva fosse fria. Faltou algo no final e ficou sobrando um "de" no triângulo. Também, diante de tamanha excitação, quem vai perder tempo se ligando em detalhes gramaticais?

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