O
ELEVADOR
Adailton Bastos
Sexta-feira
quase
seis horas da tarde,
uma
chuva repentina de verão,
abre-se
a porta do velho elevador,
destino
o décimo quinto andar.
A
porta se fecha lenta...mente!
uma
mão delicada segura a porta,
uma
mulher que carregava a chuva
no seu
vestido branco,
totalmente
colado ao corpo,
entra
no elevador...
escorriam
os meus olhos lentamente como
a água
da chuva sobre o corpo dela,
que
desenhava seu corpo em traços exuberantes.
Acaba
a energia o elevador pára no quinto andar,
a
escuridão interrompe os olhos mas não os pensamentos,
cheguei
perto senti o perfume dos cabelos molhados,
você
não recuou,
senti a
carne trêmula,
com a
respiração ofegante,
minha
mão num desejo de tocá-la...
A energia
voltou, recuei da ousadia,
você
virou-se e sorriu,
desci
olhos e me vi novamente
perdido
num triângulo
vermelho
que enclausurava
a
minha mais fértil imaginação...
E
antes que pudesse balbuciar
qualquer
palavra...
Sétimo
andar me acorda e a porta se abre,
entra
uma velhinha com um cachorro poodle,
você
salta no oitavo,
imóvel
e silencioso permaneci até o
meu destino.
nunca
mais te vi e restou
apenas
a lembrança do que
Bem quente, embora a chuva fosse fria. Faltou algo no final e ficou sobrando um "de" no triângulo. Também, diante de tamanha excitação, quem vai perder tempo se ligando em detalhes gramaticais?
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