JOÃO BRAUNA
Autor desconhecido
João Braúna do riacho do navi
Era um homem direito no
tempo que eu conheci
rezava, tinha oratório .
festejava Padre Cícero,
adorava São José,
pegava em ando de santo
e ia pra missa a pé...
Mas um dia, um certo dia,
bem na hora do armoço, o veio
inguliu um osso que atravessou-lhe a guela.
Chamaram três rezadeiras,
rezaram a tarde inteira
chamaram todos os santos
benzeram até a espinhela.
O veio roxo babavam,
uns diziam já morreu.
Até que o vaqueiro Firmino
manheceno resolveu.
Pegou um rolo de fumo
esfarelou com água numa
gamela
cuou aquele caldo grosso
pegou o veio engasgado
e dispejou pela guela
depois de tanto vomitório
o osso saltou pra fora
o veio escapou daquela
Depois do veio curado
pegou os santos tudim,
distribuiu com os vizins.
pegou um rolo de
fumo e pois lá no oratório.
OBSERVAÇÃO: Seguindo a tradição oral, esta história é versada por meu pai e das muitas histórias contadas por ele nas reuniões da familia originalmente nordestina, que achei por bem compartilhar aqui.
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