sábado, 27 de abril de 2013

ESPELHO MEU


ESPELHO MEU...

Eu sou um corpo,
Eu sou um corpo,
O corpo é meu,
O corpo sou eu...
O que reflete no espelho
Não sou eu...

Na fotografia
Este corpo não é meu:
grande
pequeno
redondo,
largo demais...

no filme vejo
um sujeito desengonçado,
redondamente estranho,
caricato e que se
parece comigo...

Neste dualismo cartesiano
chego a frente do espelho,
e pergunto:
espelho meu, espelho meu
me diga que esse cara não sou eu...

5 comentários:

  1. Oi, Adaílton, filósofo é filósofo...

    Pois é, o dualismo da vida reflete-se em cada vivente, em cada momento, nas faces da água, do espelho, do rosto, do olhar, da negação, da dúvida, da certeza, dos contrastes, das sinas, do poema... O espelho, na poesia, pode ser a alma do poema. Lêda

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    1. sem duvida esse dualismo há de se perpetuar nas inquietações da humanidade e espelhar o imaginario poético. obrigado por comentar

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  2. Crise existencial, briga com a imagem corporal. Há magros que se veem gordos e gordos que se veem magros. Nem sempre a aceitação é fácil. Boas colocações para a nossa reflexão.

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    1. O espelho e a balança nos fazem admitir ou nos surpreende...
      obrigado por comentar!

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