quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

LETRAS EMBRIAGADAS



LETRAS EMBRIAGADAS

Numa madrugada de um sábado primaveril,
onde o  sono fugidio insiste em roubar-me os lençóis.
Numa provocação voluptuosa intempestiva
descarrilando  os sonhos numa noite insone.
Os pensamentos e as  idéias castigam
 meu corpo inerte numa catapulta imaginária...
Embriagando-me em um mar revolto de palavras
conexas, desconexas,
 difusas, confusas,
 obtusas, absurdas ou não.
Os galos ainda dormem, os cães pararam de latir.
O silêncio dos passos felinos no telhado,
e as estrelas lá fora insistem num movimento rasteiro
passando ao meu lado
como se eu não estivesse sóbrio.
Sobrando não sei o porque,
vem um turbilhão de palavras
 já ditas, benditas e malditas,
marmita, maremoto, terremoto
mar morto, gaivota e marmota,
num rodopiar fatal.
Um vômito apalavrado recheado de
palavras, palavras e palavras...
Levanto abruptamente,
acendo o interruptor.
Nada acontece...
Apenas este
 poetalouco simples mortal
boçal nada disse...
apenas embriagou-se...


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