sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A PROFUNDEZA DO NADA

PROFUNDEZA DO NADA

O que me vem à cabeça agora, neste exato momento?
Nada e tudo ao mesmo tempo.
Sem tempo para recordações e planos,
viver o amanhã sem terminar o  hoje,
agora,
depois,
o que importa afinal,
porque corro tanto?
Porque corro tonto?
Porque corro e não fica pronto?
Porque corro sem destino?
Porque não vou aonde eu quero
sem saber onde...
Porque do porque não do sei do que?
Não sei porque existem os porquês?
Não sei porque de nada.
E isto o porque é do não saber
 o que me vem à cabeça.
 A Ana já não passa a minha Dor.
Nem sei dor que e para quê,
não quero que compreenda,
 entenda ou me escute,
 pois quero falar em silêncio,
não quero pensar em nada,
quero apenas mergulhar no nada profundo.
Em tudo que não faz pensar.
Afinal sou um normal pirado,
e isto não preciso provar,
não quero ser normal igual
a todo mundo no fundo,
não quero  as mesmas coisas que dizem a todos que vêem...
ou que vão sem se despedir
Sabe de uma coisa vai catar lata!
Pois eu vou latir, uivar e caçar...
Pois o nada é tão profundo que não tem fundo.
Queres um outro final?
 Use a imaginação,
 ou as
indagações dos porquês?

3 comentários:

  1. Assemelha-se às célebres frases: de onde vim; para onde vou? O poema confunde mais do que esclarece. Ainda assim ficou interessante. Desperta a curiosidade sobre aonde vai dar. Em relação aos porquês, matei a aula(risos, e não é brincadeira não, é verdade), mas se um professor de Português for corrigir esses porquês, colocará acento em alguns e vai separar outros.

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    1. A ideia é apresentar o nada em estado profundo,
      sair do nada para lugar algum,
      são momentos em que uma neura
      quase poética escapole...
      agradeço o comentário...

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  2. Em alguns momentos, quase compreendo o que deseja passar... mas, as vezes, um ponto ou vírgula tiram meu raciocínio. Mesmo sendo um poema que deseja questionar, é preciso que eu entenda as perguntas pra encontrar respostas dentro de mim (Ex. na frase que fecha o poema, o último ponto não seria de exclamação?)... Quanto ao uso dos porquês, Mara Narciso tem razão... Beijos.

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